sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sou Candidato pela PJ ao Conselho Municipal de Juventude!!





Meu nome é Anderson Gonçalves de Brito(AGB), mais conhecido como Dinho, tenho 22 anos e faço parte da Pastoral da Juventude(PJ) de Ermelino Matarazzo, desde 2004. 








Em Ermelino, realizamos as Semanas de Juventude, cujo as mesmas são voltadas para a Formação, tanto espiritual como social da juventude. Estamos juntos com outros movimentos da Zona Leste, na luta pela implantação da Unifesp na Zona Leste. 


Sou membro do GT "A Juventude quer viver" do Regional Sul 1!!!






Sou candidato pela PJ, ao Conselho Municipal de Juventude, na vaga de "Diversidade Religiosa". 


Para quem não sabe ou conhece o Conselho Muncipal segue abaixo algumas perguntas e respostas, que possa  tirar as duvidas de vocês:


O que é o Conselho Municipal da Juventude (CMJ) Trata-se de um órgão público dentro da cidade que representa a população jovem, criado pela Lei 14.687/08 e vai acompanhar e propor políticas públicas voltadas para essa categoria da sociedade. Enfim, é um órgão que tem a função de acompanhar a garantia dos direitos juvenis.




Para que serve o CMJ?

Suas funções são:
·          Propor e subsidiar políticas públicas para a juventude;
·          Fiscalizar o cumprimento das leis de atendimento ao direito juvenil;
·          Emitir pareceres sobre projeto de lei, programas governamentais e o orçamento destinado a juventude;
·          Receber, analisar, examinar propostas, denúncias e queixas relacionadas a instituições direcionadas a juventude;
·          Incentivar associações juvenis, prestar apoio e assistência;
·          Estimular a participação jovem nos organismos públicos e movimentos sociais, seminários, cursos, congressos e eventos;
·          Realizar a cada 2 anos Assembléia Geral;
·          Convocar os jovens para a Conferência Municipal da Juventude, também a cada dois anos.

O CMJ é um órgão do governo?

Não, o CMJ é um instrumento de controle social, isto é, de participação da sociedade civil no acompanhamento das ações do governo na realização de políticas públicas. Ele é
·          Autônomo: funciona de forma independente de outra instituição
·          Permanente: não há interrupção dos trabalhos
·          De representação paritária: assegura a participação do poder público e da sociedade civil, ou seja, são no total 34 conselheiros, sendo 17 membros do governo municipal e 17 da sociedade civil, representando diferentes segmentos juvenis da sociedade.

 Quem pode ser conselheiro? E por quanto tempo?

Qualquer jovem que faça parte de algum movimento/organização que atue com jovens,
possua de 15 a 29 anos e tenha título de eleitor pode ser conselheiro/a. É preciso atuar em movimentos/organizações que existam a mais de um ano.
O mandato de um conselheiro é de dois anos, permitindo uma reeleição.
Já os 17 membros representantes do governo são escolhidos pelo governo municipal, respeitando os seguimentos por secretaria, previsto em lei (por exemplo, uma pessoa da secretária da educação, uma pessoa da secretaria de esporte e lazer, etc)

O conselheiro é remunerado?

Para exercer a função de conselheiro não há nenhum tipo de remuneração, pois se trata de uma prestação de serviço público a sociedade juvenil.

De quanto e quanto tempo são realizadas as eleições para o CMJ?

São bianuais, realizadas em Assembléia Geral. A primeira eleição para o CMJ, ocorreu no dia 07 de junho de 2009, e a segunda será dia 15 de outubro

Qual o local da votação?

A eleição acontecerá em três pontos, cujo os eleitores escolheram no ato da inscrição no  site http://www.prefeitura.sp.gov.br/juventude, no horário   das 10h às 16h.
·          Clube Escola Mooca - Rua Taquari, 635 - Mooca
·          Uninove Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 389/491 - Santo Amaro
·          Uninove Campus Memorial - Rua Deputado Salvador Julianale, s/n - Barra Funda

Quem pode votar? O que é necessário levar?

Qualquer pessoa acima de 15 anos, portando RG e comprovante de endereço (morador da cidade de São Paulo) pode votar. Desde que tenha realizado a inscrição no site     www.prefeitura.sp.gov.br/juventude, até o dia 05 de Outubro


E A PASTORAL DA JUVENTUDE COM ISSO?

A Pastoral da Juventude tem um reconhecido histórico na defesa dos direitos da juventude. Há anos, a PJ vem discutindo políticas públicas de juventude, por meio das suas atividades permanentes (Dia Nacional da Juventude, Semana da Cidadania e Semana do Estudante, Semanas da Juventude). No Brasil todo, a PJ acompanha diversas instâncias de discussões das questões juvenis na Igreja e na sociedade civil.

Na cidade de São Paulo, a Pastoral da Juventude foi uma das organizações mais ativas na defesa e construção do Conselho Municipal de Juventude. A promulgação da Lei que institui o Conselho representou uma vitória para a juventude e todas as organizações envolvidas com sua criação, inclusive a PJ.
A Pastoral da Juventude pretende continuar acompanhando a criação e o funcionamento do Conselho Municipal de Juventude. A intenção é ser canal de consolidação da participação da juventude na interação com o governo, ampliando a transparência e o acompanhamento permanente das políticas de juventude; ajudar a sistematizar proposições criativas e condizentes com a realidade juvenil, empobrecida e vítima da violência; valorizar e dar visibilidade ao protagonismo juvenil e democrático, que contemple respeito e valorização das diversidades religiosas, junto ao conjunto de manifestações juvenis que transformem e gerem mais vida para todos e todas!






Buscarei lutar pelos direitos de toda a Juventude municipal, repeitando o direito a vida e o bem estar de cada um como ser vivo e filhos de Deus!!!




 Agradeço a confiança de todos os pejoteiros e pejoteiras por essa indicação







"Ela vem de dentro, de dentro ela vem, toda energia que a PJ tem!"""



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SMPP inicia inscrições para eleição do Conselho de Juventude




Estão abertas as inscrições para a escolha dos representantes do Conselho da Coordenadoria da Juventude, da Secretaria de Participação e Parceria (SMPP).
 Para ter direito a voto os interessados em participar da eleição, que acontecerá no dia 15 de outubro, deverão se cadastrar através do site http://www.telecentros.sp.gov.br/juventude2 até o dia 05 de outubro.

Representantes de Entidades, Grupos, Movimentos e Associações, interessados em se candidatar ao Conselho poderão se inscrever, também, até o dia 23 de setembro, mediante a um requerimento que comprove sua atuação na mobilização, organização, atendimento, promoção, defesa, garantia dos direitos, estudo ou pesquisa da temática de juventude. No dia da inscrição, os candidatos deverão apresentar uma série de documentos, presentes no Regimento Interno. Essa inscrição deverá ser feita comparecer pessoalmente na sede da Coordenadoria da Juventude, na Rua Libero Badaró, nº 119, 7º andar.

O Conselho será composto por 17 membros que irão atuar em áreas como Educação, Acesso a Novas Tecnologias, Trabalho, Geração de Renda, Movimento Estudantil, Esporte e Lazer, Qualidade de Vida, entre outras.

O objetivo da existência do Conselho é ser um instrumento de diálogo e controle popular da administração municipal, garantindo a efetivação de políticas públicas voltadas ao atendimento das necessidades da juventude, fiscalizando o cumprimento das leis e estimulando a participação da população jovem nos ambientes públicos e movimentos sociais.

Serviço:
Eleição do Conselho de Juventude
Data: 15 de outubro
Horário: 10h ás 16h
Locais: 1- Clube Escola Mooca - Rua Taquari, 635 - Mooca - SP;
2 – Uninove Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 389/491 - Santo Amaro - SP;
3 – Uninove campus Memorial - Rua Deputado Salvador Julianale, s/n - Barra Funda - SP

sábado, 17 de setembro de 2011

Entrevista – Francisco de Aquino Junior: “Toda teologia é social: queira ou não queira, tenha ou não tenha consciência disso”






"Toda teologia é social: queira ou não queira, tenha ou não tenha consciência disso”. Esta é uma das frases contidas na entrevista concedida recentemente pelo teólogo e escritor Francisco de Aquino Junior à ADITAL. Aqui, ele fala sobre o caminhar da Teologia da Libertação e seus desdobramentos durante essas últimas décadas.
Francisco Aquino Junior é Doutor em teologia pela Westfälische Wilhelms-Universität de Münster (Alemanha), professor de teologia na Faculdade Católica de Fortaleza e presbítero da Diocese de Limoeiro do Norte, no Ceará. Publicou ainda A teologia como intelecção do reinado de Deus: o método da teologia da libertação segundo Ignácio Ellacuria.


ADITAL - Seu livro A dimensão socioestrutural do reinado de Deus – Escritos de teologia social foi lançado há poucos dias pela Editora Paulinas. É o segundo livro que você escreve a partir da teologia da libertação. O que isso significa em termos eclesiais? É uma novidade?  


Francisco de Aquino Junior - Significa, em primeiro lugar, que continua existindo uma Igreja da libertação, comprometida com os processos históricos de libertação. Porque existe também uma Igreja comprometida (por aliança ou por omissão) com os processos históricos de dominação – tanto no passado quanto no presente. E significa, em segundo lugar, que esse compromisso da Igreja com os processos de libertação e os próprios processos de libertação enquanto tais são refletidos e sistematizados teologicamente. É o momento teórico de um processo histórico-práxico. No início da década de 1970, Gustavo Gutiérrez já falava da teologia como "reflexão crítica da práxis histórica à luz da Palavra”, como "um momento do processo por meio do qual o mundo é transformado, abrindo-se ao dom do reino de Deus”. E Ignacio Ellacuría, nesse mesmo período, falava da teologia como "momento consciente e reflexo da práxis eclesial” que é a práxis do reinado de Deus.
Neste sentido, o livro não constitui propriamente uma novidade. Ele se situa dentro da tradição teológica que vem sendo desenvolvida na América Latina e mundo inteiro nos últimos 40 anos, conhecida como Teologia da Libertação (TdL). O que pode ser novo é o modo de tratar certas questões (fé-política, dimensão social da fé), a abordagem de problemas mais recentes (globalização, meio ambiente, povo da rua) e o próprio fato de se continuar fazendo TdL frente à insistência dos profetas de calamidade, comprometidos com os impérios de ontem e de hoje, em "anunciar” o fim ou a morte de uma teologia comprometida com os pobres e oprimidos deste mundo.


ADITAL - Na introdução do seu novo livro você afirma que a Teologia da Libertação e as que dela derivaram, são sociais, sendo o ser humano um ser social (seu saber é social, seu trabalho, etc.). Esta é uma característica específica desta teologia?


Francisco de Aquino Junior - Toda teologia é social: queira ou não queira, tenha ou não tenha consciência disso. Ela trata da história da salvação que tem uma dimensão social constitutiva; ela responde ou corresponde a determinados interesses sociais; ela está ligada a uma tradição eclesial que é uma força social; ela utiliza mediações teórico-conceituais socialmente produzidas e mediadas; e tem sempre um caráter conflitivo. O que acontece é que nem sempre ou quase nunca (por ingenuidade ou por má fé) os/as teólogos/as assumem explicitamente o caráter social de suas teologias nem muito menos se perguntam a quem servem/interessam essas teologias ou quem se dá bem com elas. A TdL é uma das poucas teologias que desde o início assumiu explicitamente tanto seu caráter social, quanto o lugar social a partir de onde ela deve ser produzida e onde ela deve ser testada/provada: o mundo dos pobres e oprimidos.
Dito isto, é preciso evitar um mal entendido acerca da TdL. O fato de ter uma dimensão ou um caráter social constitutivo, não significa que seja uma teologia das questões sociais, como defendia no passado e voltou a defender nos últimos tempos Clodovis Boff. A TdL não é simplesmente uma teologia do social. Ela trata de tudo, inclusive ou mesmo especialmente do social, a partir e na perspectiva do reinado de Deus, cujo critério e cuja medida são sempre as necessidades dos pobres e oprimidos deste mundo (Mt 25, 31-46; Lc 10,25-37). Na medida em que trata da história da salvação ou do reinado de Deus, trata de Jesus Cristo, trata do mistério de Deus, trata do ser humano, trata da Igreja, trata dos sacramentos etc., e trata também de questões mais direta e explicitamente sociais, como é o caso do livro que estamos comentando.
Nesta perspectiva, falar de Deus é tão importante e tão teológico quanto falar dos processos de organização e estruturação coletivas da vida humana – sempre a partir e em vista do reinado de Deus. E não sejamos ingênuos. Não é que primeiro tenhamos que falar de "Deus em si” para depois falar da vida humana, pois todo discurso sobre Deus está mediado por uma experiência histórica concreta. No caso da tradição judaico-cristã, trata-se de uma experiência de libertação dos pobres e oprimidos que se constitui em critério do discurso sobre Deus, sobre a fé e sobre a vida em geral.


ADITAL - Entendemos que a teologia nasce dentro da fé que se pauta pela prática da vida de Jesus Cristo. Portanto uma única referência com práticas e teologias diferenciadas, a partir das culturas e das diferentes situações sociais?


Francisco de Aquino Junior - O que está em jogo na fé e na teologia cristãs é sempre a realização histórica do reinado de Deus, como afirmamos há pouco. E o reinado de Deus diz respeito não somente a Deus, mas a seu reinado sobre a vida humana e mesmo sobre a totalidade da criação. Neste sentido, a teologia deve tratar de todas as questões e de todas as dimensões da vida humana, sempre a partir dos pobres e oprimidos e sempre na perspectiva de sua libertação. Esse "a partir de” e "na perspectiva de” é o que permite falar de TdL no singular. Mas na medida em que trata de questões ou dimensões específicas, constitui-se como uma realidade plural. E isso é o que justifica falar de teologias da libertação no plural: feminista, negra, indígena, ecológica, macro-ecumênica etc.
Em síntese, a teologia é plural, na medida em que trata de temas, questões, dimensões e perspectivas distintas e o faz com distintas mediações prático-teóricas. É singular, na medida em que, tomando como critério a experiência bíblica de Deus, trata tudo isso a partir e na perspectiva dos pobres e oprimidos.



ADITAL - Até hoje, para muitos cristãos, o modelo da igreja ocidental era único e hegemônico, mas existem modelos diferentes e até conflitantes de igreja. Esses modelos são igualmente legítimos?


Francisco de Aquino Junior - Embora não exista acima nem independentemente das culturas, a Igreja não pode se identificar sem mais com nenhuma cultura. Deve encarnar-se nas mais diferentes culturas, sem perder a profecia nestas mesmas culturas. Mas isso é algo extremamente complexo e conflitivo, como se pode constatar no nascimento da Igreja "fora” do mundo judaico (Gl 2; At 15), na vivência da fé e em sua formulação teórica no mundo greco-helenista nos primeiros séculos, na ação missionária da Igreja ao longo de sua história e na chamada "mudança de época” que caracteriza o momento presente.
A tentação constante é absolutizar uma determinada configuração histórica da Igreja, o que normalmente vem junto da defesa (nem sempre explícita) de determinados privilégios e interesses. Creio que aqui é muito importante ter presente que nenhuma cultura nem nenhuma configuração histórica da Igreja é absoluta, por mais valiosa/evangélica que seja e que o caráter missionário da Igreja exige que ela esteja aberta a todas as culturas, que possa adquirir diferentes configurações. E o critério evangélico de discernimento das diferentes culturas, das diferentes configurações da Igreja e da legitimidade dessas diferentes configurações está dado na única exigência que o chamado Concílio de Jerusalém fez às igrejas nascentes no mundo "pagão”: "somente pediram que nos lembrássemos dos pobres, questão que me esforcei por cumprir” (Gl 2,10).



ADITAL - No nosso continente vários países já realizam mudanças radicais na política, na economia, etc. Na hierarquia eclesiástica, porém, não há abertura para realizar as profundas mudanças que vários setores da igreja estão reivindicando com sempre mais força. E aí? É melhor trabalhar para o Reino de Deus e ignorar as igrejas?


Francisco de Aquino Junior - A questão é bem mais complexa...Em primeiro lugar, creio que é importante recordar com o Vaticano II que a Igreja é o povo de Deus, com seus carismas e ministérios. Ela não pode ser identificada sem mais com os que assumem o ministério de presidência da comunidade, seja oficialmente (bispos, presbíteros), seja na prática (lideranças comunitárias, agentes de pastoral). Neste sentido, ignorar a Igreja seria ignorar a presença e ação dos cristãos no mundo, seu compromisso com a realização histórica do reinado de Deus.
Em segundo lugar, é preciso reconhecer os ventos contrários ao espírito do Concílio, as tentativas de frear e mesmo barrar o processo de renovação conciliar, a "volta à grande disciplina”, o eclesiocentrismo etc., que foi se impondo na Igreja, sobretudo a partir de João Paulo II e da geração de bispos por ele nomeada. Há quem diga que quase exterminaram a raça dos profetas no meio episcopal...
Em terceiro lugar, não podemos negar nem menosprezar as grandes mudanças que se deram na Igreja, particularmente na América Latina, nas últimas décadas. Seja no que diz respeito à identidade eclesial (missão como compromisso batismal e não como encargo da hierarquia), seja no que diz respeito à democratização eclesial (não apenas bispos e padres, mas também comunidades, pastorais e movimentos falam como Igreja e em nome da igreja), seja no que diz respeito àquilo que constitui o centro da vida e da missão cristã (realização histórica do reinado de Deus). E não obstante todos os limites destes avanços e todos os conflitos que eles implicaram e acarretaram.
Em quarto lugar, não podemos ser tão otimistas/ingênuos com relação às mudanças econômicas e políticas que vêm ocorrendo em alguns países da AL nos últimos anos. É que elas que não são tão radicais como afirmam seus promotores e propagadores. Embora tenha havido um crescimento significativo das políticas sociais em alguns países e isso tenha ajudado a reduzir o índice de pobreza absoluta, quase não alterou a estrutura econômica neoliberal em curso. É o caso, sobretudo, do Brasil, onde, como indica Marcio Pochmann, a diminuição da "pobreza absoluta” (de 71,5% em 1978 para 31,4% em 2008) foi acompanhada de um crescimento da "pobreza relativa” (de 23,7% em 1978 para 45,2% em 2008): "a tendência positiva de redução da pobreza absoluta parece implicar na migração para a pobreza relativa”, afirma.
Tudo isso para dizer que o fundamental da vida cristã é o compromisso com a realização histórica do reinado de Deus na sociedade, em geral, e na igreja, em particular. E que tanto na sociedade como na Igreja há sinais de sua presença e há forças contrárias a seu dinamismo. O grande desafio para nós é identificar esses sinais e potencializá-los e combater essas forças contrárias. Sem esquecer que o fazemos como Igreja de Jesus Cristo... Muitas vezes, apesar da Igreja...


ADITAL - O Fórum Social Mundial como o fogo do Pentecostes se multiplicou em milhares de chamas: fórum da saúde, educação, ecologia, teologia, de parlamentares, etc. Em cada fórum há centenas de padres, bispos, religiosos/as, cristãos militantes e oficinas de trabalhos realizados por pastorais. Esta seria a prática de Jesus para ‘ser sal e luz do mundo'?


Francisco de Aquino Junior - Com certeza! Onde quer que se defenda a vida, que se lute pela justiça, que se esforce e se empenhe na construção de um mundo mais justo e fraterno ai está o Espírito do Deus de Jesus e aí tem que estar aqueles/as que se deixam conduzir por este mesmo Espírito. Pouco importa a confissão religiosa. Nem todo aquele que diz Senhor, Senhor toma parte no reinado de Deus, mas aqueles que fazem sua vontade... Isso não nega a importância e mesmo a necessidade da Igreja, mas simplesmente põe no centro aquilo que é central: a realização do reinado de Deus, cuja característica e cuja medida mais importante é a justiça aos pobres e oprimidos deste mundo. Neste sentido, bem diz o profeta Pedro Casaldáliga, "tudo é relativo, menos Deus e a fome”...


 Fonte: http://www.adital.com.br


sábado, 10 de setembro de 2011

Estádio Italiano, exemplo que deveria ser seguido nas obras Brasil 2014


Novo Estádio da Juventus de Turim, o  Delle Alpi

Terreno do futuro Estádio do Sport Club Corinthians Paulista, em  Itaquera



Bom dia amigos e amigas, companheiros e companheiras, nessa próxima sexta feira, dia 16 de setembro, na Escola da Cidadania da zona Leste( http://www.escoladecidaniadazonaleste.zip.net) estarão presentes,  o ministro dos Esportes o Sr. Orlando Silva, o Sr. Gilmar Alves e, ainda não confirmado o presidente do Sport Club Corinthians Paulista, o Sr Andrés Sanches, para explanarem  “Impactos e passivos sociais das intervenções referentes à Copa 2014”.

Movido por esse dia me motivou a escrever esse artigo, ontem, escutando o programa esportivo Papo de Craque, 2ª edição, na rádio da Transamérica FM(100,1), os comentarista levantaram a seguinte questão:
A Juventus de Turim, clube de futebol italiano,  inaugurou nesta quinta-feira o seu novo estádio, construído no mesmo local do seu antigo estádio, o Delle Alpi. A arena, considerada a mais moderna da Europa, é um sopro de otimismo para a retomada do futebol italiano.

O que mais chama atenção é o custo total da obra: 105 milhões de euros (equivalente a R$ 244,8 milhões). Orçamento é mais barato do que quase todas as reformas ou construções de estádios para a Copa do Mundo de 2014.

A única obra que não supera o custo de construção do estádio  é a reforma da Arena da Baixada, em Curitiba, que está avaliada em R$ 180 milhões.

Nenhum centavo do governo italiano foi gasto, ao contrário dos R$ 4,8 bilhões da linha de crédito do BNDES para as obras de 2014.

No caso italiano, o que possibilitou o nascimento de um estádio super moderno a tão baixo custo foi a utilização de seis mil toneladas de material reciclado da demolição do antigo Delle Alpi.

Outro fator que chama a atenção  é que não haverá divisória(famoso alambrado) entre o público e o campo de jogo, apenas seguranças atentos a evitar qualquer tentativa de invasão.

Segue abaixo os custos dos estádios para a Copa de 2014


Maracanã: Reforma orçada em R$ 931,8 milhões. 
Itaquerão: A construção do estádio corintiano custará R$ 920 mihões. 
Mineirão: O projeto é de R$ 666,7 milhões.
Salvador:A nova Fonte Nova custará o valor de R$ 786 milhões. 
Brasília:Obra no valor de R$ 745,3 milhões.
Fortaleza:O projeto é de R$ 474,8 milhões.
Manaus:O estádio custará R$ 499,5 milhões.
Recife: Sairá pelo valor de R$ 465 milhões.
Cuiabá:Obras orçadas em R$ 463 milhões.
Natal:Custo de R$ 400 milhões.
Porto Alegre:Reforma custará R$ 290 milhões
Curitiba:Orçamento de R$ 180 milhões.

Agora faço um questionamento, cujo perguntarei pessoalmente para os senhores citados acima, o que acontece, que em no nosso país, considerando que o Brasil, é um país de 3º mundo comparando com a Itália, um país de 1º mundo que temos obras com custos tão caros, será que nossa areia, nosso cimento são bem mais caros que na Itália? Mesmo com o  dinheiro público investido, não tem como diminuir os custos reciclando os materiais dos estádios demolidos? Esse  dinheiro que nós brasileiros e brasileiras pagamos todos os dias com nossos impostos!!!

Vamos abrir o olho População!!!!


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SMPP realiza 2ª Conferência de Juventude



A Secretaria de Participação e Parceria (SMPP) realiza no dia 17 de setembro a 2ª Conferência Municipal de Juventude, na Universidade São Judas Tadeu, unidade da Mooca, localizada na zona Leste de São Paulo.
 A Conferência, organizada e administrada pela Coordenadoria da Juventude em parceria com o Conselho Municipal de Juventude, é um espaço em que os jovens poderão colocar em debate seus anseios, discutir soluções para problemas da juventude paulistana e pensar em políticas públicas de juventude para o município.
Uma comissão organizadora, nomeada pelo secretário de Participação e Parceria, composta por representantes do Poder Público Municipal, Poder Legislativo Municipal e Sociedade Civil estão responsáveis pela organização das atividades neste dia de Conferência.

Os trabalhos desta 2ª Conferência Municipal de Juventude serão desenvolvidos a partir do tema: “Juventude, Desenvolvimento e Efetivação de Direitos”, com o objetivo de contribuir para a construção e o fortalecimento da Política Nacional de Juventude.
Poderão participar, tanto da Conferência como de seu processo preparatório, as Secretarias Municipais, as Subprefeituras, o funcionalismo público municipal em geral, o movimento organizado juvenil, entidades, associações e organizações não-governamentais que trabalhem com a temática da juventude e todos os interessados residentes na cidade de São Paulo.

Os interessados em participar devem preencher a ficha de inscrição até o dia 12 de setembro disponível no site http://www.telecentros.sp.gov.br/juventude/ ou enviar um e-mail parajuventude@prefeitura.sp.gov.br com nome, endereço completo (rua, número, bairro e cep), contato (telefone e e-mail) e data de nascimento.


Serviço:
2ª Conferência Municipal de Juventude
Data: 17 de setembro 
Horário: das 9h às 17h
Local: Universidade São Judas Tadeu - Rua Taquari, 546 - Mooca 
 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

10 anos de tristeza!!!


Essa semana completa uma década, divulgado pela grande mídia, como o maior ataque terrorista da história, os ataques as torres gêmeas do World Trade Center, o centro do comércio da maior potência do mundo, no dia 11 de setembro de 2001.



De fato todos se lembram desse trágico dia, onde mais de 2 mil  pessoas, perderam suas vidas, incluindo os suicidas que movidos por uma ideologia religiosa, cujo os mártires seriam agraciados após a morte, e pela ideia paranóica e insana de um líder religioso e de uma organização terrorista, que todos estamos carecas de saber, a Al Qaeda;  Osama Bin Laden. Que planejou toda a ação criminosa ocorrida nesse fatídico dia. 
Nesse dia, vimos os EUA, de “dominadores” do mundo,  a “dominados” pelo medo de serem atacados por aviões e homens bombas, vindos de dentro do próprio país. E com uma suposta "aliança terrorista" formada por Iraque, Paquistão e Afeganistão.

Com esse medo de serem atacados, vimos eles invadirem o Iraque, com a desculpa sobre uma suposta ameaça de ataque nuclear vindo de Saddam Hussein, cujo o presidente americano George W. Bush alegou que o mesmo, tinha pacto com Osama Bin Laden, no terrorismo contra os EUA. Qual saldo teve nessa invasão? Mais mortes, mortes de inocentes, de soldados e homens que  também foram obrigados a lutar nessa guerra maldita, pessoas que tinham uma vida pela frente, famílias consolidadas, mas graças ao egoísmo nefasto de seus líderes perderam suas vidas de formas cruéis.

Hoje, muitas família ainda choram e chorarão até o fim de suas vidas a perda de seus filhos, maridos, pais assassinados desde o dia 11 de setembro de 2001.

Convido a todos quando lerem esse post, a pensar e mandar pensamentos positivos à todas essas pessoas, e que façam suas preçes a todas as almas que morreram desde essa data de triste memória. Inclusive as almas de todos os terroristas,  que esses encontrem a paz no descanso eterno!!!! 


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Grito dos excluídos!!!

Olá amigos e amigas!!!


Hoje damos inicio ao mês da Pátria, mês que comemoramos a "libertação" do nosso país de Portugal. Mas será que essa libertação existe mesmo???

Pensando nisso surgiu o Grito dos Excluídos 



O QUE É

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
O Grito dos Excluídos, como indica a própria expressão, constitui-se numa mobilização com três sentidos:
  • Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
  • Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
  • Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
O Grito se define como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.
As atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos – e se estendem por todo o território nacional.

PARA INICIARMOS A APRESENTAÇÃO, SE FAZ NECESSÁRIO DIZER O QUE É O GRITO DOS EXCLUÍDOS

O Grito dos Excluídos é uma iniciativa que se compõe de uma série de eventos e mobilizações que se realizam ao redor da Semana da Pátria, ou seja, de 01 a 06 finalizando-se no dia 07 de setembro, ou um pouco antes, isso depende da realidade local. Não se trata exatamente de um movimento, uma campanha ou uma organização, mas de um espaço de convergência em que vários atores sociais que se juntam para protestar e propor caminhos novos. As principais manifestações ocorrem no Dia da Independência, pois seu eixo fundamental gira em torno da soberania nacional. O objetivo é transformar uma participação passiva, nas comemorações dessa data, em uma cidadania consciente e ativa por parte da população.
Contudo o Grito dos Excluídos não se limita nas ações do dia 07 de setembro. De ponta a ponta do país, podemos subdividir as atividades em um antes, um durante e um depois. Um antes, se nos atemos às reuniões da coordenação nacional, ao encontro dos articuladores, à preparação do material, à divulgação e organização e a uma série de eventos que se destinam à preparação dos agentes e lideranças; um durante quando as ruas e praças das principais cidades do Brasil, com destaque para o Santuário de Aparecida, em São Paulo, onde o Grito e Romaria dos Trabalhadores fazem uma grande parceria. Essas manifestações se enchem de manifestantes, de gritos e de utopia; um depois, no sentido de avaliar e garantir a continuidade das ações, numa espécie de fio condutor que une num único processo os Gritos realizados nesses rincões afora dede grande Brasil.

COMO NASCEU E QUEM PROMOVE O GRITO DOS EXCLUÍDOS?

O Grito nasceu de duas fontes distintas, mas, complementares. De um lado, teve origem no Setor Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como uma forma de dar continuidade à reflexão da Campanha da Fraternidade de 1995, cujo lema – Eras tu, Senhor – abordava o tema Fraternidade e Excluídos.
De outro lado, brotou da necessidade de concretizar os debates da 2ª Semana Social Brasileira, realizada nos anos de 1993 e 1994, com o tema Brasil, alternativas e protagonistas. Ou seja, o Grito é promovido pela Pastoral Social da Igreja Católica, mas, desde o início, conta com numerosos parceiros ligados às demais Igrejas do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), aos movimentos sociais, entidades e organizações.
Nos dois casos, podemos afirmar que a iniciativa não é propriamente criada, mas descoberta, uma vez que os agentes e lideranças apenas abrem um canal para que o Grito sufocado venha a público. A bem dizer o Grito brota do chão e encontra em seus organizadores suficiente sensibilidade para dar-lhe forma e visibilidade.

POR QUE GRITO DOS EXCLUÍDOS?

O pressuposto básico do Grito é o contexto de aprofundamento do modelo neoliberal como resposta à crise generalizada a partir dos anos 70 e que se agrava nas décadas seguintes. A economia capitalista globalizada, a precarização das relações de trabalho e a guerra por novos mercados geram massas excluídas por todo o mundo, especialmente nos países periféricos.
Os movimentos sociais reagem. No Brasil, as Igrejas cristãs juntamente com outros parceiros promovem na década de 90 as Semanas Sociais. Cresce a consciência das causas e efeitos da exclusão social, como o desemprego, a miséria e a violência, entre outros. O fruto amadurece e nasce o Grito dos Excluídos. Trata-se de uma forma criativa de levar às ruas, praças e campos o protesto contra esse estado de coisas. Os diversos atores sociais se dão conta de que é necessário e urgente dar visibilidade sócio-política à indignação que fermenta nos porões da sociedade, os excluídos/as. Se o mercado tem o direito de dobrar as autoridades políticas com seu “nervosismo”, os setores marginalizados da população também podem e devem tornar pública sua condição de excluídos.

POR QUE 7 DE SETEMBRO?

Desde 1995 foi escolhido o dia 7 de setembro para as manifestações do Grito dos Excluídos. A idéia era aproveitar o Dia da Pátria para mostrar que não basta uma independência politicamente formal. A verdadeira independência passa pela soberania da nação. Um país soberano costura laços internacionais e implementa políticas públicas de forma autônoma e livre, não sob o constrangimento da dívida externa, por exemplo. Relações economicamente solidárias e justiça social são dois requisitos indispensáveis para uma verdadeira independência.
Nada melhor que o dia 7 de setembro para refletir sobre a soberania nacional. É esse o eixo central das mobilizações em torno do Grito. A proposta é trazer o povo das arquibancadas para a rua. Ao invés de um patriotismo passivo, que se limita a assistir o desfile de armas, soldados e escolares, o Grito propõe um patriotismo ativo, disposto a pôr a nu os problemas do país e debater seriamente seu destino. É um momento oportuno para o exercício da verdadeira cidadania.

QUAIS AS PRINCIPAIS LIÇÕES DO GRITO DOS EXCLUÍDOS?

Chamamos a atenção para sua abertura a todos aqueles que se propõem defender a causa das populações deixadas à margem da história e da vida. O Grito não tem dono: embora nascido no contexto da Igreja, é uma iniciativa levada adiante por várias forças da sociedade civil organizada. A organização e os debates privilegiam o diálogo plural, ecumênico e democrático. O Grito abriu caminho para uma série de parcerias em que diferentes atores sociais trabalham em conjunto, o que ajuda a superar o isolamento, o corporativismo e a fragmentação de esforços.
A seguir, convém ressaltar a criatividade que o Grito possibilita. Apesar de contar com uma coordenação nacional e com determinados eixos centrais para a temática de cada ano, a organização permanece aberta à iniciativa própria das diversas regiões e localidades. Deste modo, o tema geral se enriquece com a contribuição de temas específicos, o que torna as manifestações mais ricas e coloridas. Foi assim que, em 1999, o Grito ultrapassou as fronteiras do Brasil e é realizado em vários países das Américas, surgindo el Grito Continental Por Trabajo, Justicia y Vida.
Vale sublinhar, ainda, a metodologia e a linguagem adotada pelos organizadores do Grito, que chamamos Articuladores que são elo entre a Secretaria Nacional e os Estados, o papel é fundamental para construção do grito por todos os cantos do Brasil. Privilegia-se não tanto a comunicação verbal, abstrata ou conceitual, mas o gesto, a coreografia, a ação, a simbologia. Os manifestantes gritam não apenas com a voz, mas, sobretudo com as mãos e o corpo. Quanto à metodologia, ganha especial destaque a participação popular. Aqui há limites que o Grito ainda precisa superar: como passar de um grito para os excluídos a um grito dos excluídos? Em outras palavras, como fazer com que os próprios excluídos organize as atividades e tomem as decisões? Esse tem sido o grande desafio de seus dez anos.
Por fim, nos anos de 2000 e 2002, o Grito foi realizado em conjunto com dois plebiscitos populares, o primeiro sobre a dívida externa e o segundo sobre a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Foram iniciativas das mais bem sucedidas em termos de participação popular. Envolveram mais de 120 mil agentes, militantes e lideranças, ocorreram em todos os estados e em mais de 3 mil municípios e levaram às urnas, respectivamente, acima de 6 e de 10 milhões de votantes. Em 2007, no dia 07 de semtembro, irá ser realizado em conjunto com o Plebiscito pela Anulação do Leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, a Vale foi privatizada em maio de 1997, ou seja, vendida por R$ 3,3 bilhões, o lucro de 2005 foi de R$ 12,5 bilhões de reais. Tais consultas populares contribuem para o exercício concreto da democracia.

QUAIS OS HORIZONTES DO GRITO?

Sabemos que no Brasil, como de resto em todo continente latino-americano, não raro o conceito de liberdade foi reduzido à idéia de libertação: libertação da opressão, da ditadura militar, da pobreza e assim por diante. Nos meios eclesiais, por exemplo, com freqüência faz-se alusão à experiência narrada pelo Livro do Êxodo, quando os escravos se libertaram das garras do Faraó. Ora, esse é apenas um lado da moeda, isto é, a liberdade de. O outro lado é a liberdade para. Depois da saída do Egito, é preciso unir forças para continuar caminhando até a Terra Prometida. E aqui o conceito de liberdade se torna bem mais exigente. Se é relativamente fácil saber o que não queremos, costuma ser bem mais difícil saber e explicitar o que queremos.
Os movimentos sociais nasceram, em geral, numa oposição direta aos regimes de exceção que, em maior ou menor grau, dominaram por décadas diversos países da América Latina. O combate frontal à ditadura imprimiu nas lutas de oposição, de forma acentuada, a marca da crítica e do não. A urgência em superar o domínio militar deixou pouco espaço para aprofundar os contornos de uma via democrática viável, sólida e duradoura.
Nesta perspectiva o Grito dos Excluídos tem como finalidade não apenas a crítica do modelo neoliberal, mas também a preocupação propositiva de buscar alternativas. Daí seu duplo caráter, de protesto e afirmação, de denúncia e anúncio. Em síntese, seu horizonte último é abrir canais para a construção do Brasil que queremos, e no contexto atual, dizer o que Não Vale e o que Vale para a construção e participação no destino da nação.

LEMAS DO GRITO DOS/AS EXCLUÍDOS/AS

Assim mantemos a divisão feito pelo Pe. Alfredinho em três fases de acordo com a temática abordada: a primeira vai de 1995 a 1997; a segunda, de 1998 a 2001; a terceira, de 2002 e 2007; a quarta, 2008 a 2011.
A primeira fase inclui os seguintes lemas: A vida em primeiro lugar (1995);Trabalho e terra para viver (1996); Queremos justiça e dignidade (1997). As três frases agrupam-se em torno de um pano de fundo mais ou menos determinado, que é a defesa da vida e dos direitos humanos. O direito ao trabalho e à terra apontam para uma vida com justiça e dignidade. Em poucas palavras, o Grito nasce numa perspectiva de lutar pela conquista das condições mínimas de sobrevivência. Evidencia-se deste modo a preocupação inicial com os direitos humanos básicos, sem os quais não é possível garantir a vida e preservar a dignidade da pessoa.
O segundo grupo de lemas, correspondente à segunda fase, inclui: Aqui é meu país (1998); Brasil: um filho teu não foge à luta (1999); Progresso e vida, pátria sem dívidas (2000); Por amor a essa pátria Brasil (2001). Transparece nestes quatro anos uma temática que, nesse mesmo período, tornou-se cara aos movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada: o debate em torno de um Projeto Popular para o Brasil. Daí a insistência das palavras país, pátria e Brasil. Estava em jogo a busca de uma cidadania consciente e ativa, que superasse o patriotismo passivo do 7 de setembro. Era preciso ampliar o debate, estendê-lo aos mais diferentes setores da população, abrir canais de participação.
Não podemos esquecer, também, que foi durante esta fase, em 1999, que o Grito ultrapassou as fronteiras do país. Surge El Grito Continental de los Excluídos/as, Por trabajo, justicia y vida, abertura que nos introduz na terceira fase. O terceiro e último agrupamento inclui apenas dois lemas: Soberania não se negocia(2002); Tirem as mãos… o Brasil é nosso chão (2003); Brasil: mudança pra valer o povo faz acontecer (2004); Brasil Em Nossas Mãos a Mudança (2005); Brasil: na força da indignação sementes de transformação (2006); Isto não VALE! Queremos participação no destino da nação (2007). O conceito de soberania pressupõe relações internacionais, em que cada país procura manter sua postura de país livre e autônomo. Quanto à expressão “tirem as mãos”, por tão óbvia e explícita, dispensa maiores comentários. Se a primeira fase chamava a atenção para os direitos fundamentais à vida e a segunda alertava que a vida dos cidadãos requer um projeto de nação, a terceira procura olhar o Brasil no contexto internacional da economia globalizada. De fato, os dois temas apelam para a necessidade de uma nação independente. A noção de soberania e a frase tirem as mãos, combinadas, apontam para a autonomia do povo brasileiro frente às novas relações mundiais e à cobiça dos países centrais. A escolha dessas temáticas explica-se, além disso, pela ofensiva imperialista norte-americana, especialmente sob o governo Bush. Em poucas palavras, é preciso defender as riquezas naturais do Brasil e a vida dos brasileiros e brasileiras dos ataques de um neoliberalismo cada vez mais exacerbado.

A MÍDIA

Uma das formas de olhar para o Grito a partir da mídia escrita é consultar os dossiês organizados pela secretaria. Torna-se igualmente importante acompanhar as imagens e reportagens do 7 de setembro pela televisão e pelo rádio. Também neste caso não será difícil constatar uma certa evolução na avaliação que os diferentes veículos midiáticos fazem do Grito.
Para começar, nos primeiros anos do Grito, verifica-se uma certa surpresa e perplexidade diante desses “intrusos” que resolvem sair às ruas justamente no Dia da Pátria. Quem são esses que ousam perturbar o colorido da festa cívica? De onde saíram esses “blocos” tão estranhos? O que representam e o que fazem aqui? Será que este é o lugar para essa gente?! Na medida que o Grito, em muitos lugares, disputava ou se contrapunha ao espaço dos desfiles oficiais, a surpresa e perplexidade vinha acompanhada de duras críticas.
Entretanto, embora alerta para esses “estranhos” que teimavam em ocupar as ruas, a mídia de certa forma conformava-se. Tratava-se, afinal, de um evento episódico, sem maiores conseqüências. Sem dúvida tirava o brilho dos festejos oficiais, mas semelhante atrevimento não podia ter vida longa. Os jornais não podiam tapar o sol com a peneira, não podiam ignorar por mais tempo as manifestações do Grito. Mas também não acreditavam que tamanha ousadia pudesse repetir-se todos os anos. O Grito era visto como um movimento momentâneo que logo se extinguiria.
O fato é que a cada 7 de setembro lá estavam os “intrusos” outra vez! Com isso, à medida que o Grito cresce em número de manifestações e de manifestantes e à medida que se expande por todo o território nacional, os temores também aumentam. “O Grito roubou a cena” passa, então, a ser a manchete explícita ou implícita de não poucos veículos de comunicação. De fato, de ano para ano o crescimento do Grito nas ruas traduz-se por igual crescimento no espaço da mídia. As mobilizações populares passam a disputar jornais e revistas com os desfiles oficiais. Não é raro ver impressas, no dia 8 de setembro, as fotos das autoridades nos palanques das festas oficiais, lado a lado com as fotos das bandeiras e manifestações do Grito. Também nos noticiários televisivos, progressivamente, as imagens do Grito vão tomando o lugar das imagens de tanques, carros blindados, desfiles de soldados e escolares e dos políticos. Em muitos lugares o povo que assiste às comemorações oficiais acostuma-se a esperar pelo “bloco” dos excluídos.
É então que a grande mídia passa a um ataque mais sistemático a tamanha ousadia. Onde se viu perturbar assim a festa oficial? Não que desde 1995 não se verificasse hostilidade aos organizadores do Grito. Na verdade, sempre as houve, mas era uma hostilidade um tanto quanto dissimulada. Agora, ao contrário, nota-se uma crítica mais contundente e orquestrada. Na medida em que se constata que o Grito veio para ficar, cresce a perseguição da imprensa, da mesma forma que cresce a prevenção dos órgãos de repressão. Não poucas vezes tem havido confronto com a polícia e até prisão daqueles que coordenam as diversas atividades.

MARCAS DO GRITO

O Grito trouxe inovações à mobilização social. A Criatividade, a Metodologia e o Protagonismo dos Excluídos são marcas do Grito.

METODOLOGIA

O Grito privilegia a participação ampla, aberta e plural. Os mais diferentes atores e sujeitos sociais se unem numa causa comum, sem deixar de lado sua especificidade.

CRIATIVIDADE/ OUSADIA

O Grito tem, a cada ano, um lema nacional, que pode ser trabalhado regionalmente, a partir da conjuntura e da cultura local. As manifestações são múltiplas e variadas, de acordo com a criatividade dos envolvidos: caminhadas, desfiles, celebrações especiais, romarias, atos públicos, procissão, pré-Gritos, cursos, seminários, palestras…

PROTAGONISMO DOS EXCLUÍDOS

É fundamental que os próprios excluídos assumam a direção do Grito em todas as fases – preparação, realização e continuidade, o que ainda é um horizonte a ser alcançado.

PARCERIAS

O Grito foi concebido para ser um processo de construção coletiva, neste mutirão estão juntos Pastorais Sociais, Semana Social Brasileira,Movimentos Populares, sociais e sindical, Campanha Jubileu, Grito Continental, Igrejas, Mutirão contra a Miséria e a Fome.

POR QUE O 7 DE SETEMBRO

Desde 1995, o Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro. É o dia da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito.
Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna.
O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar.
O Grito é um processo, que compreende um tempo de preparação e pré-mobilização, seguido de compromissos concretos que dão continuidade às atividades.

ESTRUTURA ORGANIZATIVA

O Grito dos Excluídos conta com uma coordenação nacional, coordenações estaduais, e locais e uma secretaria nacional, que está encarregada de facilitar os trabalhos de articulação e animação. Mas com certeza o diferencial é a rede de articuladores(as) voluntários(as) espalhados em todos os estados, que ajuda animar o processo de construção do Grito.

DICA

Para a participação efetiva dos excluídos, as manifestações do Grito devem priorizar a simbologia, a criatividade e a mística. As imagens falam mais que textos e discursos. A linguagem simbólica deve ser priorizada a linguagem escrita e discursiva.
GRITOS ANO A ANO!!
Segue aqui um resumo de cada grito realizado até hoje!!!

1995:A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

Em 1995, o lema do 1º Grito dos Excluídos: A Vida em primeiro lugar. A iniciativa surgiu das Pastorais Sociais em 1994, em vista da Campanha da Fraternidade, que apresentava o tema: “A fraternidade e os excluídos”. O Grito surgiu da intenção de denunciar a exclusão, valorizar os sujeitos sociais. Este Grito aconteceu em mais de 170 cidades e teve como símbolo uma panela vazia.


1996:TRABALHO E TERRA PARA VIVER

Em 1996, o lema do 2º Grito dos Excluídos: Trabalho e Terra para viver. Neste ano, o Grito passou a fazer parte do Projeto Rumo ao Novo Milênio, com a aprovação dos bispos do Brasil em assembléia da CNBB. Naquele ano, a Campanha da Fraternidade foi sobre política. As parcerias foram ampliadas e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central de Movimentos Populares (CMP) passaram a integrar a coordenação nacional. Foram realizadas manifestações em 300 cidades. O símbolo do Grito foi uma chave, estimulando à reflexão de que o trabalho é a chave da questão social.


1997:QUEREMOS JUSTIÇA E DIGNIDADE

Em 1997, o lema do 3º Grito dos Excluídos: Queremos justiça e dignidade, acompanhando a Campanha da Fraternidade foi sobre os encarcerados e, atingindo cerca de 700 cidades.

1998:AQUI É O MEU PAÍS
Em 1998, o lema do 4º Grito dos Excluídos: Aqui é o meu país, trabalhando o tema da Campanha da Fraternidade, Educação, e seguiu ampliando as parcerias, com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, e as manifestações ocorreram em mais de 1000 cidades. O símbolo foi uma sacola vazia com os dizeres: “A ordem é ninguém passar fome”.

1999:BRASIL: UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA

Em 1999, o lema do 5º Grito dos Excluídos: Brasil: um filho teu não foge à luta, a organização coletiva do Grito dos Excluídos contou com a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Neste ano o Grito rompeu fronteiras e aconteceu no mês de outubro em vários países da América Latina e do Caribe.

2000:PROGRESSO E VIDA PÁTRIA SEM DÍVIDA$

Em 2000, o lema do 6º Grito dos Excluídos: Progresso e Vida Pátria sem Dívida$, junto com a realização do Plebiscito Nacional da Dívida Externa em todo Brasil reforça o fato de que, apesar das dificuldades, nosso povo não tem parado de lutar, busca conquistar a independência, dividir o poder e a riqueza e construir uma Pátria livre, um Brasil com igualdade e justiça social e a experiência do Grito continuou e ganhou caráter continental.

2001:POR AMOR A ESSA PÁTRIA BRASIL
Em 2001, o lema do 7º Grito dos Excluídos: Por amor a essa Pátria Brasil, no contexto da economia globalizada, e da pressão dos organismos financeiros internacionais, enfoca a soberania e independência nacional. Frente à globalização da economia, o Grito propõe a globalização da solidariedade, no sentido de manter vivos e ativos os sonhos, esperanças e utopias. Também valoriza os tesouros da cultura popular, o protagonismo dos excluídos e incentiva a criatividade, bem como a construção de um projeto popular para o Brasil.

2002:SOBERANIA NÃO SE NEGOCIA

Em 2002, o lema foi Soberania não se Negocia, junto com a realização do Plebiscito Nacional contra a ALCA em todo o Brasil, momento este de tentar manter a soberania nacional, face o imposição do capitalismo norte americano nos países da América Latina e sobre o povo desses países. A luta e organização é a favor de uma nação livre, soberana e independente, (que seja capaz de decidir seu futuro) e por uma economia fundamentada na justiça, na solidariedade e na paz. O Grito denunciou que a Pátria estava sendo negociada, na ALCA, sem que o povo tenha conhecimento do que está sendo comprometido. O povo quer saber, o povo precisa saber e está disposto a participar. Cada voto do plebiscito, significou uma voz e um Grito, na grande sinfonia que canta e diz “Liberdade não tem preço e Soberania não se Negocia”.

2003:TIREM AS MÃOS… O BRASIL É NOSSO CHÃO

Em 2003, com o lema Tirem as mãos… o Brasil é nosso chão, o Grito ecoa na defesa das riquezas naturais do Brasil e da vida dos brasileiros e brasileiras contra os ataques de um neoliberalismo cada vez mais exacerbado, e questiona a política econômica do país que compromete a soberania nacional e gera a cada ano mais exclusão social. Denúncia a exclusão social vivida por milhares de pessoas, causada por um modelo econômico injusto, concentrador e excludente. Também grita em defesa da vida e da população sufocada pela pobreza, desemprego, violência. Anuncia valores e caminhos novos em função da construção de uma sociedade nova. O conceito de soberania pressupõe relações internacionais, e que cada país deve manter sua postura de nação livre e autônoma.

2004:BRASIL: MUDANÇA PRA VALER, O POVO FAZ ACONTECER

Em 2004, o lema foi Mudança prá valer o povo faz acontecer. O lema trouxe o desafio da articulação e construção coletiva do Brasil que queremos e que a mudança não seja apenas uma palavra retórica, mas uma ação sócio-política em marcha com milhares de outras iniciativas que pretendem apontar ou fortalecer caminhos alternativos para a concretização da utopia de uma sociedade justa solidária. Discute um processo e metodologia participativa, que estimula a sociedade a discutir e assumir seu protagonismo, na superação das desigualdades sociais. No período de 7 de setembro a 3 de outubro, o povo foi chamado a intensificar a campanha “Meu voto é contra a Alca, Livre Comércio, Dívida e Militarização”, que tem como objetivo politizar as eleições e estimular o debate.

BRASIL: EM NOSSAS MÃOS A MUDANÇA

Em 2005, o lema do 11º Grito dos/as Excluídos/as: Brasil: em nossas mãos a mudança. Assim temos como símbolo a panela vazia. Ou seja, após tomarmos consciência dos direitos de cidadania, da necessidade de um novo rumo à política econômica, da complexidade da globalização e da urgência das mudanças – trata-se agora de tomar o projeto em nossas próprias mãos. Neste ponto, convém salientar que o Grito não caminha só, mas em articulação com outras iniciativas que lutam igualmente por mudanças na sociedade. Entre elas, vale destacar as Semanas Sociais Brasileiras, a Campanha contra a ALCA, a Consulta Popular, o Grito Continental, o Mutirão contra a fome e a miséria, a Campanha da Fraternidade, e assim por diante.

2006:BRASIL: NA FORÇA DA INDIGNAÇÃO, SEMENTES DE TRANSFORMAÇÃO

Em 2006, o lema foi Brasil: na força da indignação, sementes de transformação. Destacou-se os três ingredientes que formou o conteúdo do lema, a força da indignação, as sementes e a transformação social, na busca da construção de uma pátria forte, justa e soberana.

2007:ISTO NÃO VALE! QUEREMOS PARTICIPAÇÃO NO DESTINO DA NAÇÃO

Em 2007, o lema: Isto não Vale: Queremos Participação no Destino da Nação. Nos leva a refletir o que vale e o que tem valor e o que não vale, o que não tem valor para a construção do projeto popular para o Brasil. Com certeza não vale: o neoliberalismo; a atual política econômica: não realiza a reforma agrária; a crescente exclusão social, a fome, a privatização do público; modelo econômico; a corrupção, a impunidade, a guerra, a violência, as ocupações militares como no Iraque e no Haiti. Com certeza o que vale e o que tem valor: o protagonismo popular; os grupos de base; a generosidade, a confiança, a solidariedade, a ética, a transparência, a amizade, partilha, a alegria, enfim o que vale é a dignidade da vida. E por fim o desafio de realizar o Plebiscito Popular pela Anulação do Leilão da Vale, rediscutindo as privatizações e a redução das taxas de energia, bem como, realizar a formação e organizar pequenos grupos na base, realizar assembléias locais e municipais, construindo de forma pedagógica um caminho onde o povo seja o sujeito principal que debate os problemas, planeja ações, age de forma articulada e avalia suas práticas.

2008:VIDA EM PRIMEIRO LUGAR: DIREITOS E PARTICIPAÇÃO POPULAR

Lema em amarelo pela questão do dia sete de setembro e pelas cores de fundo do desenho. Vermelho para o Grito, pela identidade do evento.
Ilustração: pessoas em movimento, com bandeiras se misturando à natureza e à cidade. Elementos da água e terra e e imagem em cestaque de uma criança ao lado de uma pessoa ajudando uma outra em situação de exclusão. Ambas sendo sustentadas por uma grande mão. Outras mãos retiram lixo do rio (abaixo à esquerda) e uma outra mão semeando a vida (abaixo à direita). De uma semente abaixo do cartaz, sai um traço que se confunde com uma das pessoas e vai até a bandeira onde sai uma flor no lugar da palavra ‘ordem e progresso’ da grande bandeira que está na parte superior do desenho.

2009:VIDA EM PRIMEIRO LUGAR: A FORÇA DA TRANSFORMAÇÃO ESTÁ NA ORGANIZAÇÃO POPULAR

O lema do XV grito nos convoca e desafia a pensar e discutir com a sociedade a atual crise do capitalismo, que mais uma vez deixa a conta para os pobres pagarem, e a necessidade de construir um novo projeto de sociedade onde a dignidade da vida esteja em 1º lugar.
Vida digna e justa é mais do que mera sobrevivência, exige mudança e condições reais que garantam as aspirações básicas do ser humano.
O lema também afirma que a força da transformação está na organização e participação popular, um dos grandes desafios para quem sonha um novo projeto de sociedade.

2010: VIDA EM PRIMEIRO LUGAR: ONDE ESTÃO NOSSOS DIREITOS? VAMOS ÀS RUAS PARA CONSTRUIR UM PROJETO POPULAR



2011:"PELA VIDA GRITA A TERRA... POR DIREITOS TODOS NÓS!”



LOCAL: Em São Paulo, o Grito omeça na Catedral da Sé, por volta das 9:00h 
Abraços!!!