sábado, 27 de agosto de 2011

" Igreja, comunidade dos discípulos de Jesus"




MEUS AMIGOS QUE DIZEM QUE NÃO TENHO FUNDAMENTOS, SEGUE PÁGINA 47 DOCUMENTO DA CNBB Nº 85 QUE DIZ:

". Igreja, comunidade dos discípulos de Jesus"


Quando evangelizados — com testemunho e
metodologia — os jovens se empolgam com a
pessoa e o projeto de Jesus Cristo. Por que, contudo,
face à Igreja muitos mostram resistência?
Muitos jovens têm dificuldade para entender que
eles são Igreja ou não se sentem acolhidos nas
comunidades. Constatamos que a imagem que
muitos deles têm da Igreja é de algo ultrapassado,burocrático, e que fala uma linguagem que não se
conecta com sua vida. Freqüentemente compreendem-
na apenas como instituição e não como a
comunidade dos seguidores de Jesus. Em muitos
ambientes universitários e meios de comunicação,
a Igreja é apresentada como cúmplice da injustiça
e, em diferentes situações históricas, contra o progresso
humano. Falta aos jovens o conhecimento
de tantas experiências de santidade e solidariedade
na história da Igreja, tendo como protagonistas os
missionários Bem-aventurado Pe. Anchieta, Pe.
Manoel de Nóbrega, Bartolomeu de Las Casas.
Em nosso tempo, também destacam-se outros
exemplos de vida cristã, santidade e martírio: São
Domingos Sávio, Santa Maria Goretti, Santo Frei
Galvão, Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá,
o Servo de Deus, João Paulo II, os brasileiros
Pe. Manoel Gomes Gonzalez, o coroinha Adílio
Daronch e Albertina Berkenbrock, a serem proximamente
beatificados, assim como Ir. Dulce, Dom
Oscar Romero, Dom Helder Câmara, Ir. Dorothy,
Pe. Josimo, Pe. Ezequiel Ramim, Dom Luciano
Mendes de Almeida, Dom José Mauro Pereira
Bastos e tantos outros. Nas cidades grandes, chama
a atenção a ausência dos jovens na vida eclesial,
de modo especial os de nível social e escolaridade
mais elevada, para os quais não há um trabalho pastoral específico. Em alguns lugares, a Igreja se
afastou e os perdeu. Advertimos a respeito da necessidade
urgente de apresentar missionariamente
a verdadeira face da Igreja à juventude e trabalhar
a relação entre fé e razão.
68. As resistências contra a Igreja se vencem progressivamente
com o amadurecimento da compreensão
dos contextos históricos e quando se destacam os
aspectos positivos, como a credibilidade da Igreja
nas pesquisas sobre as instituições sociais, como
também o contato com experiências autênticas de
Igreja que contradizem as afirmações negativas.
69. A Igreja é santa, mas formada por homens e mulheres
marcados pela realidade do pecado. Devido
à fraqueza humana, ela sofre continuamente a
tentação de se afastar da mística do seu fundador.
A Igreja que evangeliza precisa ser continuamente
evangelizada. “Pode-se criticar muito a Igreja. Nós
o sabemos e o Senhor mesmo nos disse que ela é
como uma rede com peixes bons e ruins, um campo
com trigo e joio. O Papa João Paulo II, que nos
mostrou o verdadeiro rosto da Igreja nos numerosos
beatos e santos que proclamou, também pediu
perdão pelo mal causado, no correr da história,
pelas palavras ou atos de homens da Igreja”.Mesmo com a presença significativa de jovens no
espaço eclesial, constatamos a ausência da grande
maioria. Isto se reflete, também, na dificuldade
de atrair vocações para o ministério presbiteral,
para a vida consagrada e para o laicato. Na evangelização
da juventude está em jogo o presente e
o futuro da Igreja. No entanto, a Igreja trabalha
com a juventude não somente para buscar vocações
que garantem sua continuidade mas também
para despertar a riqueza que trazem, ajudando-os
a descobrir a vocação para o serviço do Reino e
a transformação da Igreja e de toda a sociedade.
71. É importante que os jovens sejam ajudados a
entender que as ciências humanas apontam para
a ambivalência de todas as estruturas. Por um
lado, elas são necessárias. Sem as estruturas não
há continuidade no tempo, e a mensagem original
morre. A Igreja é a presença viva do Cristo atuante
na história. Sem a Igreja, não estaria viva a mensagem
de Jesus hoje e não teríamos os Evangelhos.
Através da Igreja, uma geração de crentes passa
sua fé à seguinte. Por outro lado, as estruturas se
desgastam com o tempo, dificultando a compreensão
da Boa-Nova, que está em sua origem. Por
isso, há necessidade de renovação contínua.
72. Um caminho importante para despertar nos jovens
o amor pela Igreja e o sentido de pertença a ela é a referência às experiências das primeiras Comunidades
dos Atos dos Apóstolos, para concretizar
hoje a vida eclesial que nasceu do derramamento
do Espírito no Pentecostes, na qual resplandecia
(cf. At 2,42-47) a oração, a fidelidade à Palavra,
a partilha dos bens e a Eucaristia (“Fração do
Pão”).
73. Em nosso tempo, à luz do Concílio Vaticano
II e de tantas manifestações dos papas e dos
bispos, insiste-se na Comunhão e Participação,
palavras e realidades que indicam um caminho
a ser também proposto aos jovens. Sua raiz é o
Batismo, pelo qual se manifesta uma igualdade
fundamental entre todos os cristãos, fazendo-os
todos responsáveis pela Igreja, cada qual segundo
a própria vocação. A Igreja, novo povo de Deus, é
descrita como Corpo de Cristo, uno na variedade
dos membros, onde todos têm igual dignidade. “É
uno o povo eleito de Deus: ‘Um só Senhor, uma
só fé, um só batismo’;8 comum é a dignidade dos
membros pela sua regeneração em Cristo, comum,
a graça de filhos, comum, a vocação à perfeição;
uma só a salvação, uma só a esperança e a unidade,
sem divisão.”Por isso, muitos documentos do Magistério pontifício
e episcopal apontam para a renovação da vida
da Igreja através do caminho do serviço, no qual
todos os fiéis, começando dos ministros ordenados,
buscam superar a tentação do autoritarismo e
assumir o modelo do lava-pés, atentos à palavra do
Senhor: “Sabeis que os governantes das nações as
dominam e os grandes as tiranizam. Entre vós não
deverá ser assim. Ao contrário, aquele que quiser
tornar-se grande, entre vós, seja aquele que serve,
e o que quiser ser o primeiro, dentre vós, seja o
vosso servo. Desse modo, o Filho do Homem
não veio para ser servido, mas para servir e dar
a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20,25-28).
O modelo de todos é Jesus, o Bom Pastor, que
conhece os seus pelo nome e está disposto a dar
sua vida por eles.
75. Cada cristão, por seu batismo, é responsável pela
construção da Igreja, para que ela seja um espelho
do amor de Deus no mundo e sinal do Reino. “Na
história da Igreja, todas as vezes que se buscaram
formas mais elevadas de vida no Evangelho,
colocou-se na vida fraterna seu apoio fundamental.”
10 É importante que os jovens tenham a
experiência de relacionamento fraterno autêntico
e do exercício da autoridade como serviço em sua comunidade paroquial, nas comunidades eclesiais
de base, nas pastorais nas quais se envolvem, nos
movimentos eclesiais ou novas comunidades com
os quais se comprometem, como sinal de que é
possível viver com autenticidade o seguimento
de Jesus.
76. Nas atividades pastorais com a juventude, faz-se
necessário oferecer canais de participação e envolvimento
nas decisões, que possibilitem uma
experiência autêntica de co-responsabilidade, de
diálogo, de escuta e o envolvimento no processo
de renovação contínua da Igreja. Trata-se de valorizar
a participação dos jovens nos conselhos,
reuniões de grupo, assembléias, equipes, processo
de avaliação e planejamento.
77. Mas a Igreja não existe somente para fortalecer
a vivência da fé em comunidade. Existe para
construir o Reino, e o Reino é mais amplo do
que a Igreja peregrina. A Igreja, comunidade dos
que crêem em Jesus, constitui na terra o germe
e o início deste Reino, que, como fermento ou
pequena semente, faz a massa crescer e tornar-se
imensa árvore.
78. O Concílio Vaticano II propõe, como vocação da
humanidade inteira, e como meta a ser efetiva e
intensamente procurada, a fraternidade universal.
Afirma, também, que a revelação cristã “favorece poderosamente esta comunhão entre as pessoas”,
e ao mesmo tempo leva a uma compreensão mais
profunda das leis da vida social.11 Se a juventude
for levada a enxergar uma Igreja que procura ser
isso, graças ao caminho que segue, terá menos dificuldade
de assumi-la com sua alegria vibrante.
79. É importante falar da Igreja aos jovens como o
Mistério que persevera através da história humana
devido à presença do Espírito Santo. A Igreja
existe não somente para ser um lugar de encontro
agradável e de segurança dos que partilham a
mesma fé; ela existe para evangelizar, isto é, para
anunciar a Boa Notícia do Reino, proclamado e
realizado em Jesus Cristo,12 através de nossas
fragilidades e riquezas.
80. Um grande desafio é reconhecermos que também
no segmento da sociedade chamado juventude se
encontram as sementes ocultas do Verbo, como
fala o Decreto Ad gentes, do Vaticano II.13 Entrar em contato com o “divino” da juventude é entender
sua psicologia, sua biologia, sua sociologia e
sua antropologia com o olhar da ciência de Deus.
O jovem necessita que falemos para ele não somente
de um Deus que vem de fora mas também
de um Deus que é real dentro dele em seu modo
juvenil de ser alegre, dinâmico, criativo e ousado.
A evangelização da Igreja precisa mostrar aos
jovens a beleza e a sacralidade da sua juventude,
o dinamismo que ela comporta, o compromisso
que daqui emana, assim como a ameaça do pecado,
da tentação do egoísmo, do ter e do poder
e, com isto, auxiliar também na conscientização
de tudo aquilo que procura danificar esta obra de
Deus. Uma verdadeira espiritualidade possibilita
ao jovem encontrar-se com a realidade sublime
que há dentro dele, manter um diálogo constante
com aquele que o criou.
81. Considerar o jovem como lugar teológico é acolher
a voz de Deus que fala por ele. A novidade que
a cultura juvenil nos apresenta neste momento,
portanto, é sua teologia, isto é, o discurso que
Deus nos faz através da juventude. De fato, Deus
nos fala pelo jovem. O jovem, nesta perspectiva,
é uma realidade teológica, que precisamos aprender
a ler e a desvelar. Não se trata de sacralizar
o jovem, imaginando-o como alguém que não erra; trata-se de ver o sagrado que se manifesta
de muitas formas, também na realidade juvenil.
Trata-se de fazer uma leitura teológica do que,
de forma ampla, chamamos de culturas juvenis.
Numa época em que se fala tanto de inculturação
ou — em outros termos — de encarnar-se na realidade,
de aceitar o novo, o plural e o diferente,
na evangelização da juventude, estaremos diante
de feições muito concretas e imprevisíveis. Dizer
que, para a Igreja, a juventude é uma prioridade
em sua missão evangelizadora, é afirmar que se
quer uma Igreja aberta ao novo, é afirmar que
amamos o jovem não só porque ele representa a
revitalização de qualquer sociedade mas também
porque amamos, nele, uma realidade teológica em
sua dimensão de mistério inesgotável e de perene
novidade."

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Não vou me calar!!!






Senhores e senhoras leitores, venho por meio deste, agradecer a todos e todas pelos comentários no post “A figura do Papa, um novo Faraó!”, dizer que o meu blog, é e continuará sendo pra minha LIVRE expressão!!! Ao contrário, de alguns blogs que vi por ai, não vou excluir os comentários, mas as pessoas que não tiverem de acordo com o que eu publico, podem e devem continuar se manifestando, mas se querem que eu escreva somente elogios a Igreja e ao clero em si, peço caridosamente que procurem outros blogs e sites, pois não vou deixar de ser profeta e anunciador do Cristo, o moreno de Nazaré, que morreu justamente , por ser perseguido pelo sistema, tanto religioso, tanto político. Vocês que se dizem católicos, estão indo contra esse Jesus, que prega acima de tudo o amor, o amor ao próximo, amor aos excluídos(como os homossexuais citados no post supra citado). Enquanto ao que diz o cates cismo da Igreja, eu não irei abaixar a cabeça pra todas as “leis” descrita pela Igreja católica, não é porque eu não concordo com essas “leis”, não quer dizer que sou católico!!! A palavra católico quer dizer Universal,ou seja, todos devem ir pregar o evangelho a TODOS no mundo e universo, e os comentários que li e reli mostram que só se deve evangelizar dentro da igreja católica. Ou seja excluir os ateus, mulçumanos, protestantes e outra qualquer forma de vida na Terra!!!


A respeito de um leitor que diz que deve voltar a Inquisição, pois meus post não durariam muito, digo que a Inquisição violou o principal mandamento que Deus, deixou ao seu povo, no Egito, Não matar!!! Será que Deus gostou de ver seu nome usado(violando o 2º mandamento) para matar seus filhos??? Acho que não né!!!!






Digo mais uma coisa não vou calar, e muito menos, me omitir diante de tudo que acontece em minha volta!!! Sou católico, sou pejoteiro com muito amor e com muita honra!!!!










Pra finalizar deixo aqui duas frases:






“Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas”(Mt 5,10)





"Ser o que se é.


Falar o que se crê.


Crer no que se prega,

Viver o que se proclama

Até as últimas conseqüências.”

(Pedro casaldáliga)










terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pastoral da Juventude e a Teologia da Libertação


"Não somos revolucionários, somos a própria revolução".




A Pastoral da Juventude nasceu de um longo processo vivido na Igreja do Brasil, antes e durante a passagem das décadas de 1960-1970.
A década de 1960 viu a concepção e a gravidez da práxis e da idéia de libertação se espalhar por toda a América Latina, fortalecida em 1968, com a Conferência de Medellín e depois, na década de 1970 o marco do nascedouro da Teologia da Libertação que encarnou-se no nível popular, no meio de gente oprimida pelos mais fortes do sistema capitalista.

Mas de quem somos herdeiros e herdeiras?

Da Primeira e da Segunda Aliança, do testemunho dos Mártires da Caminhada, do Concílio Vaticano II (1962 - 1965), de Medellín (1968) e de Puebla (1979).
Vivíamos no Brasil, de 1964 - 1985, na Ditadura Militar, em que toda e qualquer manifestação cultural, social e política estava amordaçada, a única voz a ser ouvida era a da Igreja Católica, liderada pela CNBB. A profecia estava de volta, e a certeza do Martírio mais próxima.
Antes, com a Ação Católica, veio o método tão usado pelas Ceb´s: VER, JULGAR, AGIR... Hoje acrescido de mais duas etapas fundantes: REVER E CELEBRAR. Vieram as propostas práticas de fé e de vida com a JAC, JEC, JIC, JOC e JUC... nas palavras do cardeal Cardjin: "Não somos revolucionários, somos a própria revolução"...a juventude começa a dar um rosto à Igreja tão distante dela, dos operários, das mulheres, dos negros, dos indígenas...

O mundo caminhava para a modernidade, sendo que a própria modernidade já caminhava para a pós-modernidade. ..a Igreja há muito tempo não acompanhava os passos da História. Mas nem tudo estava perdido:
Se testemunhava o sopro do Espírito Santo nos papas João XXIII e Paulo VI, que com coragem, sabedoria, humildade e fraternidade fizeram acontecer o Concílio Ecumênico Vaticano II, um marco na história da Igreja. Finalmente a Igreja se abria para o mundo moderno.

Infelizmente ou felizmente, toda abertura acarreta riscos à caminhada. Houveram excessos, tanto do lado mais conservador como do lado mais progressista da Igreja. Mas a mudança sonhada seria irreversível para o bem da caminhada pastoral, teologal e eclesiológica da Igreja Católica no mundo, na América Latina e no Brasil.

O Pacto das Catacumbas foi um dos momentos extra-Concílio de maior beleza e força espiritual, onde alguns bispos, depois padres e leigos assumiram caminhar de verdade como o povo, no meio do povo, à serviço do povo, abrindo mão de todo e qualquer privilégio que a Instituição poderia dar até o final de seus dias, sinal de despojamento e renúncia em favor do povo de Deus, povo que na Nossa América, institucionalmente é pobre, marginalizado, discriminado e excluído.

Com o sopro do Espírito, o Concílio aproximou a Igreja de seu rebanho. A mensagem do Evangelho passou a ser proclamada na língua pátria. A Encarnação do Verbo estava garantida de fato para todos e todas, pois cada um compreendia o que estava sendo dito.

Como em todo o processo, há os que defendem e há os contrários... Muitos abandonaram o barco da Igreja, pois não conseguiam se desfazer das pesadas armaduras da Idade Média e do Concílio de Trento, não conseguiam perceber que o Evangelho é hodierno, portanto, a continuadora de sua mensagem, a Igreja, também deveria ser.

Muitos foram os erros de interpretação, mas houveram acertos e de uma coisa ninguém pode duvidar: João XXIII, Paulo VI, haviam colocado a Igreja Católica de volta no mundo, de volta na História da Humanidade.
A Pastoral da Juventude e a Teologia da Libertação segue os passos do Mestre de Nazaré, divinamente humano, humanamente divino; bebe da mística e da espiritualidade brotada de sua prática e de sua pedagogia cotidiana junto aos mais desfavorecidos.

A simbologia na PJ: de sua bandeira vermelha e do círculo que envolve a sua sigla está no fato de que com o sangue dos Mártires não se deve brincar e que o círculo nos lembra sempre, que todos, todas, são iguais e que todos devem se amar uns aos outros como Ele nos amou.

É ignorância, é estupidez, querer afirmar que a Pastoral da Juventude é um reduto comunista ou uma tendência do Partido dos Trabalhadores, que ela não reza, não ora, que está contra o Magistério e a Hierarquia da Igreja. Enquanto Pastoral social, atuando no mundo não está de forma alguma com os pés fora da Igreja. O seu campo de atuação se dá justamente de dentro para fora da Igreja. A vocação da Pastoral da Juventude é com a juventude que não está somente nas equipes e nos ministérios, mas principalmente com as juventudes que não estão em nenhuma equipe, em nenhum ministério, em nenhum reduto religioso. É uma vocação para o pluralismo religioso.

A Teologia da Libertação tem sido uma teologia moldada segundo o método VER, JULGAR, AGIR, REVER e CELEBRAR. Sabe-se que a filosofia marxista ofereceu diversos elementos à mesma, entretanto a Teologia da Libertação rejeita o pressuposto radical do materialismo da teoria do conhecimento marxista, explicitando a relação entre as interpretações da fé e a prática da caridade - teoria e prática - estabelecendo entre elas uma relação dialética .

Tudo o que foi e está sendo escrito e dito contra a Teologia da Libertação nas décadas seguintes e atualmente, apenas comprova o medo de se caminhar e de experimentar uma teologia feita a partir do chão da vida humana, onde Deus desce e habita no meio do seu povo.




Emerson Sbardelotti
Estudante do Curso Superior de Teologia
Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo
Coordenador do Instituto Capixaba de Juventude do Estado do Espírito Santo - ICJ -ES
Autor/Fonte: PJ Nacional



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A figura do Papa um novo modelo de Faraó?





Esse artigo que começo a escrever, e promete ser polêmico, a iniciar pelo titulo, “A figura do Papa, um novo modelo de Faraó?”,.
Vocês, devem se perguntar o Dinho está ficando louco, ou quem sabe cometendo uma “Heresia”, contra “A Sua Santidade”!!!

Bom, vamos aos fatos, essa semana iniciou a Jornada Mundial da Juventude, em Madri, na Espanha, cujo, o Papa Bento XVI, está de encontro com a Juventude Católica do Mundo inteiro.

Ontem, vi um link, de uma pessoa, que tenho como amiga do Facebook, criticando a manifestação de um grupo homossexual,com um “beijaço gay”,na chegada do Papa,  Madri.Como, não sou de ficar quieto, questionei porque elas eram contra a manifestação. E ela respondeu, que era uma afronta ao Papa, o manifesto, que se os homossexuais quisessem se manifestar, fosse em outro lugar, e não afrontassem o Papa!
E questionei o que era uma afronta para ela?? Ela não respondeu. E disse que não era contra os homossexuais, e que só não queria que afrontasse o Papa!
Outro ponto que questionei foi o mandamento maior de Cristo, que é “amar o póximo como a si mesmo”. (Mc12 ; 33), e o que elas estavam fazendo era ir contra esse mandamento, e até mesmo, o Papa Bento que diz que Deus caritas est(Deus é amor).
Pois bem se Deus é amor, todos os seus filhos, excluídos e perseguidos,também não merecem amor???
E a pessoa vem me dizer que o Papa deve ser respeitado como líder máximo da igreja.

Pois bem resumindo, toda essa discussão foi um gesto, que segundo ela iria “afrontar” o Papa Bento XVI.

Bem agora, vem o objetivo, do meu post, estão fazendo do Papa um deus!!!

Jesus deixa uma missão a Pedro:  E Eu te declaro: Tu és Pedro... ...e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja.” (Mt. 16, 18). Quando ele dá essa missão a Pedro, ele quer dizer, você será o exemplo entre o meu povo, andará ao lado do povo, caminhará com os mais desfavorecidos, com os excluídos e os sofredores de perseguição. Em nenhum momento, Jesus diz, vá se fecha dentro de um Palácio,tenha servos, e tenha súditos!!!

Estão fazendo com a figura do Papa, e ele mesmo se faz isso, o que faziam os antigos egípcios, com  a figura do Faraó, diziam aos escravos hebreus, que o Faraó como representante máximo dos deuses, também era um deus!!!

O Papa tem que ser uma figura que anda ao lado do povo, que vai pra luta com o povo gente!!!!

E eu não me esqueço de um Papa que fazia exatamente isso, João XXIII, que muitas vezes se vestia de um cidadão comum, sem as roupas papais, e ia de encontro com o povo que vivia, aos arredores de Roma.Uma vez ele foi até uma cafeteria, e pedia um cappuchino do jeito que gostava,só que ele esqueceu a carteira no Vaticano, e ao ir pagar a conta ele se identificou, como o papa, e o dono do estabelecimento tomou um susto, que não quis nem cobrar o cappuchino   !!!
Se todos os Papas fossem como João XIII, o catolicismo seria bem melhor, e viveríamos como o próprio Jesus  sempre quis e fez, amando e respeitando a todos sem distinção de raça, credo, opção sexual e outras coisas que excluem do projeto do Reino de Deus!!!!


  

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Wiphala

Muitas pessoas, perguntam o que seria essa bandeira colorida que nós pjoteiros, tanto carregamos pra cima e pra baixo, como nosso simbolo. Bem a resposta está nesse post, que preparei pra vocês.Leiam e entendam o porque usamos esse belo simbolo, e entenda a sua bela história!!!!






Whipala é uma bandeira de origem andina. A palavra Wiphala tem origem das palavras "aymaras": Wiphay que é uma expressão de alegria; e Phalax que é o sonho produzido por conduzir uma bandeira.



Significado das cores


As cores se originam no arco-íris, tomado como referência pelos antepassados Andinos, para mostrar a composição e estrutura dos emblemas e organizar a sociedade comunitária e harmónica dos Andes.
  • Vermelho: Representa o Planeta Terra (aka-pacha), é a expressão do homem andino, no aspecto intelectual, é a filosofia cósmica no pensamento e conhecimento dosAmawatas.
  • Laranja: Representa a sociedade e a cultura, é a expressão da cultura, também expressa a preservação e procriação da espécie humana, considerada a mais apreciada riqueza patrimonial da nação, a saúde e medicina, a formação e educação, a prática cultural da juventude dinâmica.
  • Amarelo: Representa a energia e força (ch'ama-pacha), é a expressão dos princípios morais do homem andino, é a doutrina de Pacha-Kama e Pacha-Mama: a Dualidade(chacha-warmi) são as leis e normas, a prática coletiva da irmandade e solidariedade humana.
  • Branco: Representa o tempo (jaya-pacha), é a expressão do desenvolver e a transformação permanente do Quallana Marka sobre os andes, e o desenvolver da ciência e a tecnologia, e arte, e trabalho intelectual e manual que gera a reciprocidade e harmonia dentro da estrutura comunitária.
  • Verde: Representa a economia e produção andina, é o símbolo das riquezas naturais, da superfície e sub-solo, representa terra e território, e assim mesmo a produção agropecuária, a Flora e Fauna, as reservas hidrológicas e minerais.
  • Azul: Representa o espaço cósmico, o infinito (araxa-pacha), é a expressão dos sistemas estrelares do universo e os efeitos naturais que estão sobre a terra, é a astronomia e a física, a organização socioeconômica,política e cultural, é a lei da gravidade, as dimensões e fenômenos naturais.
  • Violeta: Representa a política e ideologia andina, é a expressão de poder comunitário e harmónico dos andes, o instrumento do estado, como uma estância superior, que é a estrutura do poder, as organizações, sociais, econômicas e culturais e a administração do povo do país.

Onde e porque a utilizar

Wiphala é propriedade das nações originárias, os Qhishwa-Aymaras e Guaranis. Para os Quishwa-Aymaras, a Wiphala é a expressão do pensamento filosófico Andino, e seu conteúdo manifesta o desenvolver da Ciência, tecnologia e arte, é também expressão dialética de Pacha-Kama e Pacha-Mama, é a imagem de organização e harmonia de irmandade e reciprocidade nos Andes. Por isso a Wiphala é sagrada, e corresponde difundir e defender a imagem, o significado do problema em toda a área andina, tanto no Equador, no Peru, como na Bolívia, e mostrar os problemas do mundo, a identidade territorial, nacional e cultural. Seu manejo e uso deve ser permanente e consequente.
Deve se utilizar nos atos cerimoniais, em festas, em marchas, em jogos e competições, em atos de comemoração, nos encontros de comunidades de ayllus emarkas, em trabalhos agrícolas, a Whipala deve em todo acontecimento social e cultural, particulramente em datas memoráveis de Qullana Marka e de Tawantinsuyu. Porque aWiphala deve estar flamejando em todo lugar e acontecimento diário do Homem Andino.

Ao Hastear

No momento de hastear a Wiphala, todos devem fazer silêncio e ao terminar alguém deve dar a voz de triunfo e vitória de JALLALLA QULLANA marka, JALLALLA pusintsuyu ó TAWANTINSUYU!!!


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

12 de Agosto é o Dia Internacional da Juventude



Esta semana foi marcada, em especial, pelo Dia Internacional da Juventude, comemorado em 12 de agosto, conforme resolução da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas em 1999. A iniciativa foi uma resposta à recomendação da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude, reunida em Lisboa, de 8 a 12 de Agosto de 1998. Em 2011, a data encerra também a celebração do Ano Internacional da Juventude, iniciado em 12 de agosto de 2010, conforme determinação da ONU, e que motivou uma vasta programação internacional, mobilizando governos e sociedade civil para um debate mais aprofundado do tema em vários países do mundo. No Brasil, o período foi destacado, sobretudo, pela realização da Pré-Conferência de Juventude, em Salvador, que antecedeu a Conferência Mundial do Mexico, realizada em agosto do ano passado. Merece o mesmo destaque a assinatura do decreto presidencial, também em agosto de 2010,  que autorizou a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude, agendada para o mês de dezembro, na capital federal.
O fim do Ano Internacional da Juventude foi celebrado nos dias 25 e 26 de julho, em Nova Iorque, durante o Encontro de Alto Nível das Nações Unidas sobre Juventude, que teve como tema “Juventude: diálogo e compreensão mútua”. Na ocasião, o Brasil, representado pela Secretaria Nacional de Juventude, assinou um termo de cooperação voltado para a política juvenil com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). O termo prevê a cooperação horizontal do Brasil com outros países intermediado pelo UNFPA para implementação, avaliação e transferência de tecnologias sociais de políticas de juventude. O objetivo é promover a replicabilidade de boas práticas no eixo sul-sul.
Portanto, no momento em que o tema ganha visibilidade em todo o mundo, a juventude precisa se envolver ainda mais neste debate. No Brasil, vivenciamos uma série de conquistas com a construção da Política Nacional de Juventude (Lei 11.129/2005), com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, da execução do Projovem e de políticas universais em várias áreas. Avançamos, também, com a a criação de conselhos e órgãos de juventude em inúmeros municípios e estados brasileiros; com a aprovação da Emenda Constitucional 65 que introduziu o termo “Juventude” na Constituição Federal; com a realização de três edições do Encontro Nacional de Conselhos e; com a organização do Pacto da Juventude subscrito por inúmeros candidatos em todo o Brasil.
Mas ainda há muito a conquistar e a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude ganha centralidade na agenda das políticas de juventude, que precisam afirmar o direito do jovem de participar como sujeito estratégico do projeto de desenvolvimento do país. Nesse sentido, precisamos deliberar, entre outras prioridades, a necessidade de avanços no marco legal da juventude, com a aprovação do Plano Nacional e do Estatuto da Juventude, em tramitação no Congresso Nacional; e definir quais são efetivamente os direitos desse público, bem como as políticas e programas prioritários para garanti-los. É imprescindível, ainda, indicar novos mecanismos de participação, assegurando o envolvimento do maior número possível de jovens nesse grande desafio.
A Comissão Organizadora aproveita esta data para prestar sua homenagem a toda juventude brasileira, convocando todos os jovens, em todos os cantos do país, a se engajar no processo da 2ª Conferência, participando de todas as  etapas nos seus respectivos estados e municípios, para que o evento cumpra efetivamente o seu compromisso de identificar as principais necessidades e expectativas da juventude, apontando ações que possam responder, de forma concreta, às suas demanadas. Não fique de fora! 
Busque informações no hotsite www.juventude.conferencia.gov.br

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Campanha Nacional contra o extermínio e a violência de jovens





“Os jovens latino-americanos entre 15 e 24 anos são os que mais correm riscos, em todo o mundo, de serem assassinados ”. E o Brasil, atrás de Colômbia e Venezuela, é o 3º país com mais assassinatos de jovens no mundo. Isso se deve a uma taxa de 51,7 homicídios para cada 100 mil jovens. Taxa essa que entre 1994 e 2004 cresceu a um ritmo maior que o número de assassinatos entre a população total.
Outra informação, no relatório da ONU (2006), a esse respeito revela o caráter histórico da perversidade: em cada grupo de dez jovens de 15 a 18 anos, assassinados no Brasil, sete são negros . Paralelo a isso se constata que mais de uma em cada cinco pessoas da população jovem não estuda nem trabalha. A situação é urgente, chegou no limite.
Segundo relatório feito pelo RITLA, morrrem por dia, em média, 54 jovens vítimas de homicídio no Brasil  e ainda vale lembrar que um estudo inédito divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos estima que 33.504 adolescentes brasileiros serão assassinados em um período de sete anos, que vai de 2006 a 2013.
O levantamento foi realizado pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef - e com o Observatório de Favelas. A estimativa foi feita com base em dados de 2006, considerando-se a hipótese de que as circunstâncias observadas naquele ano sejam mantidas.


O que é a Campanha?

É uma ação articulada de diversas organizações para levar a toda sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil. Com isso, a Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte.
Como começou?
A Campanha nasceu da reflexão da 15ª Assembléia Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil (ocorrida em maio de 2008), fruto da indignação crescente dos/as delegados/as presentes naquela assembleia e da revolta ante ao crescente número de mortes de jovens no campo e na cidade, em todos os cantos do país.
Quem a promove?
As Pastorais da Juventude do Brasil (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil.